SÁBADO 18 DE DEZEMBRO 20h30 (GMT) 

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10 ANOS SEM PEDRO HESTNES

Visionamento de O Sangue, de Pedro Costa, seguindo-se uma conversa com amigos do actor Pedro Hestnes.

 

O SANGUE

Portugal, 1989, 95’

Realizador: Pedro Costa

Vicente, dezassete, vive com o irmão, Nino, com dez anos de idade, e o seu pai doente numa casa abandonada na periferia da capital. Os rapazes não parecem lembrar-se da mãe e são muito apegados ao pai, apesar do seu temperamento e de passar muito tempo fora de casa. Um dia, o pai desaparece de vez e Vicente e Nino juram encobrir o que aconteceu. É o seu segredo. Clara, a assistente da escola primária, é fascinantemente bela e secreta e se calhar também o sabe. No entanto, há outros segredos: a origem do dinheiro que aparece na casa de Vicente; a relação entre o próspero tio de Vicente e a sua namorada; a relação entre as quatro pessoas que costumavam jogar às cartas juntas e agora não se suportam.


Pedro Hestnes Ferreira nasceu em Lisboa no ano de 1962, filho do arquitecto Raúl Hestnes Ferreira e neto do escritor José Gomes Ferreira. Viveu entre Lisboa, Porto, Paris e Évora, onde estudou teatro, arquitetura e artes. Na primeira metade da década de 1980 trabalhou no teatro com Mário Barradas, no Centro Cultural de Évora. Posteriormente, fixou a sua carreira no cinema, tendo participado em vários filmes relevantes do cinema português dos finais dos anos 1980 e inícios dos anos 1990, entre eles O Desejado, Três Menos Eu, Agosto, O Sangue, A Idade Maior, Xavier e Três Palmeiras. O seu último trabalho foi no filme Em Segunda Mão, de Catarina Ruivo, que ainda estava em fase de montagem quando morreu e só viria a estrear em 2013. Em 2014, venceu, a título póstumo, o Globo de Ouro de melhor ator de cinema, pelo seu último papel no cinema.

Nascido em Lisboa em 1959, Pedro Costa largou os seus estudos em História para assistir a aulas do poeta e realizador António Reis na Escola de Cinema. A sua primeira longa-metragem, O Sangue, teve a sua estreia mundial no Mostra di Venezia de 1989. Casa de Lava, o seu segundo filme, rodado em Cabo-Verde, foi exibido no Festival de Cannes. Os seus outros filmes incluem Ossos, No Quarto da Vanda e Juventude em Marcha, que compõem a trilogia das Fontaínhas. Realizou ainda Onde Jaz O Teu Sorriso?, acompanhando o trabalho de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub e Ne Change Rien com a actriz Jeanne Balibar. Integrou a longa-metragem colectiva Centro Histórico, a par de Manoel de Oliveira, Aki Kaurismäki e Víctor Erice. O seu filme Cavalo Dinheiro conta com um assinalável percurso internacional, tendo recebido um Leopardo de Ouro para Melhor Realização no Festival de Locarno de 2014. Em 2019 ganhou o prémio principal do Festival de Locarno, o Leopardo de Ouro para Melhor Filme por "Vitalina Varela" tendo a atriz também ganho o prémio Melhor Atriz do mesmo festival.